sábado, 30 de janeiro de 2010

Reencontro


Peça por peça
Se encaixa
Enquanto o gato?
Deitado na caixa.

Pedra por pedra
Rola
E no poente
O sol se embola

Pingo por pingo cai
E no azul cinzento
O raio
Esbravece

Corre rio
Chove chuva
No meio do deserto
Rola a areia.

O sofrimento nunca é
Demasiado forte
Pra destruir
O que foi tecido com a alma.


Bill Olyver, 25/01/2010, 10:00pm.

2 comentários:

  1. Percebi algo no seu poema, e me interessei.Vc faz citações sobre a natureza, mostra a sua mutabilidade:

    "Pedra por pedra
    Rola
    E no poente
    O sol se embola"

    Mas a alma não, a considera imutavél.

    "O sofrimento nunca é
    Demasiado forte
    Pra destruir
    O que foi tecido com a alma."

    Sempre penso nisso... sobre a mutabilidade ou imutabilidade da alma, que vc revive nesse poema! Foi uma bela reflexão. Apesar de ainda crer que nossa alma é tão mutável quanto todo o resto de nós...

    Abraços

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  2. =]

    Assim como a Lua, eu sou sempre o mesmo na essência, mas tenho fases e faces como ela...
    Eu acredito que alma possa ser não necessariamente mutável, mas talvez modelável...Ou não! Somos tão complexos por dentro e por fora...
    Fiquei feliz em saber que tem gente se interessando pelo que escrevo. Fique a vontade =D

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