quarta-feira, 29 de julho de 2009

Claridade Escura


Porque a luz está se apagando?

Porque o sorriso está se distorcendo?

Porque a alegria está se despindo da sua fantasia?

Porque as lágrimas estão brotando novamente das nascentes da angústia?

Porque um rio de perguntas sem navegantes respostas?

Porque o frio da solidão insiste em congelar o calor da alegria?

Porque a minha alma trinca o espelho da razão?

Palavras ao vento...

Esperanças lançadas ao mar do infinito...
Refúgio insuficiente, túnel sem fim...
A cura das minhas feridas não se faz presente,
O medo me saúda e me carrega na sua carroagem do desespero...

Penúmbra de desencanto, mero caminho sem volta...
Me dê uma chance de provar do sabor da água da fonte da vida, por favor...
Seque meus olhos com o tecido do seu véu de anjo...
Onde estão suas asas?

Porque não me leva pra voar em seus braços?
Pura ilusão...

Não há esperança não é?
O abismo das trevas reinará sobre mim...
No inacabado ficarei...

Bill Olyver, 08/07/2008, 23:18

Menina dos Olhos


Menina dos olhos

Cante sua afável canção

Entoe um balanço angelical

Rodopie por sobre o salão da minha alma.


Menina dos olhos

Apresente-me o sorrir

Ensine-me a plantar tais sementes

Regue meu coração


Menina dos olhos

Balance seus cabelos

Solte-se ao vento

Corra em saltitantes cantaroleios


Menina dos olhos

Ressuscite em minha vida

Erga-se do inferno

E por fim brilhe, pois, novamente em minha face


Menina dos olhos

Criança inocente

Chama incandescente

Teu suspirar inunda-me com tamanha alegria


Porque sumiste?


Menina dos olhos

Onde estás a vagar?

Bill Olyver, 21 de setembro de 2008.