sábado, 1 de maio de 2010

Sem fundo


Hoje eu acordei sem querer.
Dentro de mim
Resquícios de um sorriso.

Todos os dias
Por um solavanco invisível
Eu somo apenas mais um.

Mais dois, três que sejam.
Todos abandonados
E perdidos entre si.

Busco no reflexo obscuro
Um traço, um laço
Um abraço quiçá.

Mas na sinceridade
Ser sorriso na solidão
É pedir. Muito aliás.

No embaraço dos meus dedos,
Os mesmos que amarram
Meus cadarços...

No zigue-zague
Entre seus respectivos teclar
Faço mais uma das minhas.

Assim
Suja e solitária,
Como seu criador.

Bill Olyver, 01 de maio de 2010, 21:54.