sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Sem fim


Se o sol não se apagar
Nem a lua se afogar

Se as nuvens não choverem
Nem o céu desabar

Eu encontrarei você,
Meu eu destacado.

Se meus olhos despertarem
E a ampulheta for amiga

Se a vida não parar a contagem injusta
Nem minha incessante busca

Eu estarei aqui.
Estarei ali, aonde for

Estarei esperando meu eu voltar
Nem que durem mil anos
A saudade e a angústia.

Meu deus sou eu, sou começo meio e fim
Sou bônus, sou créditos finais
Eu quem decido o final

Nesse que é
Meu infinito filme,
Meu eterna metragem.

Bill Olyver, 21/12/09, 2:48.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Minguante


Tem dias que o dia queria morrer.
Tem noites que a noite queria apagar-se.
Silêncio, eu quero, eu preciso
Do seu ombro amigo
Do seu consolo aqui comigo.

As lágrimas tentam,
Mas não conseguem estancar
A dor que sara,
A dor que fere.

Lutar não é vergonha,
Mas tem vezes
Que apenas vencer...

Hoje eu pinto um ponto aqui
Outro ali
Mais um pelo meio.
Não acaba, tudo enfim
Tem um começo, meio e fim.

Bill Olyver, 06 de dezembro de 2009, 01:03 am, Curitiba.