terça-feira, 1 de setembro de 2009

Canguru


Carregava todo dia em suas costas,
Sem reclamar
Girava numa melodia de pneu,
Vento e asfalto.

A noite no silêncio do fim
Espiava tudo da garagem,
Haveria homem mais triste
Do que o daquela imagem?

Guardava no seu guidão
Sentimento jamais provado,
Parecia que amava
De tanto que agarrava com a mão.

‘Venha minha amiga
Me acompanhe,
Já não tenho mais vida’

Sentou-se na beira do chão,
Cansado de somar
Iria daqui pra frente
Apenas viver a sonhar.

Bill Olyver, 01 de setembro de 2009, 22:18

2 comentários:

  1. "Sentou-se na beira do chão,
    Cansado de somar
    Iria daqui pra frente
    Apenas viver a sonhar".

    Você veio sem a pretensão e chegaste tão ao fundo.

    Adorei!!!

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  2. Lindo este poema!!

    "Apenas viver a sonhar"
    Somos eternos sonhadores...
    Beijos!!

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