Das inúmeras voltas que dei
Poucas foram as que fiz fora de mim.
Dentre muitas tentativas
Sorrateira ela estava ali, sem citar.
A cada passo a sola se desgasta,
Sempre mais.
E por vezes o cadarço se contorce,
Se entrelaça e me faço um tropeço.
No compasso do mundo,
Que gira sem notar-se,
Igualmente eu caminho
Em círculos carnívoros.
As lágrimas secas se humilham
Mas nem por caridade as liberto,
Os olhos continuam secos
E o brilho falso que plantei ainda é.
Que seja forte
Enquanto a alma da lama
Está lá, silenciosa
Sem despertar de seu ilusório sono.
Bill Olyver, 11 de julho de 2010, 05:32, Curitiba.
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