domingo, 25 de abril de 2010

Sonhos em pó


Você descobre
Que prometer
E não cumprir
São íntimos e paralelos.

Descobre
Que “eu te amo”
É tão simples
Quanto esfarelar três palavras.

Percebe por vez
Que sonhos são tão frágeis,
Tão incapazes de serem
Por si só.

Você chora, você grita
Você implora, ressuscita uma dor.

Depois se conforma e aceita,
Aceita e depois vai embora.

Daí então
Você procura um culpado
Pro assassinato do seu coração.

E talvez nem perceba
Que você girou sozinho
Seu próprio mundo,
Criado e fantasiado.

Bill Olyver, 14 de abril de 2010, 00:36.

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