segunda-feira, 5 de abril de 2010

Auto Solidão


Eu sorrio sozinho todas as noites para mim mesmo.

Ao deitar, eu me abraço como se eu fosse meu bem mais precioso,
Eu fecho os olhos
e derramo todo o afeto que tenho guardado
e que necessito,
em mim mesmo.

Eu me consolo e me faço companhia,
me faço meu melhor amigo,
meu irmão,
meu namorado,
meu marido, meu eu.

E todas essas noites foram se repetindo.
Após festas,
após encontros,
namoros, negócios.

Todas as noites eu tinha um encontro comigo mesmo.
Descobri que nasci pra mim mesmo,
meu trajeto foi desenhado para rodear-me
e ter o ponto de chegada em mim mesmo.

Eu, meu início meio e fim.

Bill Olyver, 04 de Abril de 2010.

3 comentários:

  1. Soledad
    es tan tierna como la amapola
    que vivió siempre en el trigo sola
    sin necesitar de nadie
    ay, mi Soledad.



    * a quarenta anos durmo comigo mesmo e ainda não sei quem ou oque se deita comigo.(Rubens Sousa, em 05 de abril de 2010 às 08h e 28 min).

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  2. Ai irmão, lindo!

    Eu vivo essa auto-solidão todos os dias, penso e repenso minha vida e vejo que ainda falta muito para que eu também diga a mim mesmo que já estou pronto.

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  3. Sempre gostei de suas poesias naquela época pena que hoje vc não é mas o mesmo!

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