terça-feira, 10 de novembro de 2009

Trinco



sou uma dor,
que a cada pedaço colado
despenca outro estilhaço.

procuro as peças
que se encaixem no meu,
mas nem no seu eu me encaixo.

fico aqui, consciente
inconsciente ali outrora,
ei de um dia me centrar.

ou não...

acho mesmo
que meus pés são viajantes,
são asas inquietas.

aqui, ali, lá
ontem, hoje
nem mesmo o relógio pode me sacear.

a vida por ora me clama morte
a morte, vida
eu, eternidade...

na dúvida eu fico
de cortar minhas asas,
de amarrar meus pés.

acho que preciso mesmo
fechar os olhos
e continuar sonhando.

Bill Olyver, 02:50, Pojuca, 11/11/2009.

Nenhum comentário:

Postar um comentário