terça-feira, 10 de novembro de 2009

Mente


O remédio que me cura
é o mesmo veneno que insiste
em me matar.

As asas que me fazem voar
são as mesmas
que me jogam ao chão.

Assim como na palma da minha mão,
meu amigo habita
aonde se esconde meu inimigo.

'Eu, ferido de mim.'

>Bill Olyver, Salvador, 04:34, 30 de Outubro de 2009.

Um comentário:

  1. Eu, ferido de mim.

    Tantas fezes eu já me feri de mim e em mim.
    Linda é a forma com que o poeta Bill externa a angústia dos dias que o "Eu" comunga com a fragilidade humana.

    Se na palma da sua mão cohabita seu amigo e inimigo, liga não "bichim" assim como é falsa a expressão "conheço fulano como a palma de minha mão", não conhecemos os amigos e nem o inimigos. Eu durmo com o desconhecido desde que nasci. Eu durmo comigo mesmo a quase quarenta anos.

    ResponderExcluir