Saudades do que não vivi,
Amarras as quais não desfiz,
O nó que me suporta
É agora o nó da garganta.
Desaforos levados
De mãos dadas
De volta para casa,
Revoltas envoltas
Num falso manto
De calmaria,
De tudo que vivi
De tudo que sofri
Nada mais é,
Tão doloroso.
Nem tampouco
É mais frio,
Mais sombrio...
Agora estou no centro
Ou fora da circunferência;
A vontade de ser
É tão sufocante.
E nessa de querer
Por fim,
Ser alguém,
Ser ninguém...
Ceifo meu anonimato,
Exponho meu eu,
Perco-me em mim,
E por fim tropeço
No laço dum cadarço
Mal feito,
Um nó que outrora
Me suportou.
Bill Olyver, 01 de outubro de 2010, 11:34.